terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Prédios de Naya (Águas de Março)

Prédios de Naya

É cal, é pedra
É um prédio caindo
É o resto de um todo
É um povo sozinho
É um caco de vidro
Uma vida sem sol
De repente a morte
Desabando do céu
Tudo agora é o tempo
Reconstruir nossas vidas
Vamos lá, lutando
Pra podermos botar
Sérgio Naya na cadeia
Pegar a indenização
Mesmo não pagando
Todas vidas perdidas
É o vento ventando
E dentro da areia
Tem concha, tem camarão
Mas não tem baleia
É a chuva chovendo
É conversa, é besteira
Desse tal palhaço

.......

São os prédios de Naya
Destruindo o verão
É promessa de vida e indenização
Eduardo Alves Machado
Rita de Cássia Milani

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